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Amazonas

Geólogo explica fenômeno "Terras Caídas" ocorrido no Amazonas


 

26 de outubro de 2010

Joyce Karoline - portalamazonia@redeamazonica.com.br


MANAUS - O fenômeno natural conhecido como "Terras Caídas", que provoca o desprendimento das terras às margens do rio, tem ameaçado populações de diversos municípios do Amazonas. O fato ocorre principalmente na região Norte do Brasil, especificamente na área de influência da bacia do Rio Amazonas.

De acordo com o geólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Renê Luzardo, quase todos os municípios ribeirinhos, principalmente os das calhas do Rio Solimões, Madeira e Amazonas, são monitorados pelo CPRM.

O geólogo explica que o termo "Terras Caídas" é genérico e, em geral, se refere à queda dos barrancos das margens dos rios. Geralmente estes barrancos são formados por depósitos de areia e lama chamados de barras, ou pontais, acumulados pelo próprio rio durante os períodos de cheias.

“No período de vazante, o rio escava a base destes depósitos de areia e lama que, conseqüentemente, desabam. Às vezes escorregam devido ao próprio peso, já que são areia e lama inconsolidados e formam uma corrente de turbidez, que é um fluxo de lama e os "tsumanis", que são as famosas ondas e o banzeiro, devido a movimentação d'água, explicou.


Foto: Adauto Silva - (Geólogo diz que Fenômeno de “Terras Caídas” é um fenômeno natural que faz parte da dinâmica fluvial)

O geólogo disse ainda que o "Terras Caídas" é um fenômeno natural que faz parte da dinâmica fluvial. As consequências dependem do volume de material envolvido visto já que ocorrem "em diversas escalas". Tais aspectos incluem a exuberante vegetação, clima equatorial, regime pluviométrico e características geológicas do terreno.

Para Renê, o fenômeno das “terras caídas” não contribuiu para o deslizamento no Porto do Chibatão, ocorrido no último domingo (18), em Manaus e que deixou dois desaparecidos.

“O desmoronamento ocorrido em Manacapuru foi um caso clássico de "terra caída" do tipo deslizamento de material inconsolidado que no caso é a lama. Já em São Paulo de Olivença é um caso de “terra caída” associada à erosão fluvial. O rio escava a base do barranco que também ocorrem escorregamento associados à atividade humana, como a ocupação desordenada e obras sem acompanhamento técnico. Já em Parintins e Itacoatiara são dos dois tipos: deslizamento de material inconsolidado e escavação de base de barrancos”, explicou o geólogo.

Fenômeno é antigo

Em março de 2007, um fenômeno de “Terras Caídas” de grandes proporções ocorreu na “Enseada da Saracura”, margem direita do Rio Amazonas na área da comunidade Costa da Águia (a 35 quilômetros de Parintins), provocando na superfície do rio ondas de aproximadamente seis metros de altura, atingindo 130 pessoas, com a morte de um agricultor.  


Foto: Adauto Silva - (Fenômeno de “Terras Caídas” afeta comunidade e prejudica a navegação de embarcações)

Toda a área afetada foi vistoriada pela equipe de geólogos da CPRM/SGB por solicitação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil – CEDEC/ Corpo de Bombeiros do Estado do Amazonas, cujas conclusões e recomendações estão apresentados em um relatório de vistoria técnica.

A CPRM realiza os estudos por meio de monitoramento (medição do nível dos rios, da descarga sólida, chuvas, entre outros), utiliza imagens de satélite e principalmente com o conhecimento técnico , que torna um tipo de treinamento de pessoal.  (JK)

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